A palavra musa tem muitos significados, ela dá origem ao substantivo museu e ao verbo amusement, pelo qual sua tradução mais próxima à língua portuguesa seria o verbo encantar. Após o estudo 2 on-line pela plataforma Zoom, durante a crise sanitária da covid-19, o núcleo BOIA retoma esse processo em modo- presencial, no qual quatro bailarinas vão esculpindo uma coreografia a partir da pressão de seus apoios, da torção do tronco, deixando emergir formas passivas e imagens ambíguas, que vão se revelando através de diferentes perspectivas, sugerindo problematizações acerca de um estereótipo feminino. 

BOIA é um núcleo artístico de pesquisa em dança que teve inicio em 2018 na cidade de São Paulo. Gabriela Rios, Mariana Taques, Michelle Farias e Luma Preto, são bailarinas-performers, e Ilana Elkis, realiza a concepção e direção coreográfica. A imagem de uma BOIA é uma metáfora, um lugar imaginado no qual este núcleo se mantém independente das correntezas e turbulências adversas para dar continuidade ao trabalho. Apostamos nas investigações em diálogo com outras linguagens como - teatro, performance e artes visuais, e entre estas, nos interessamos em pesquisar os limites entre o cotidiano/cênico, caixa preta/branca, a improvisação/coreografia e memória/ficção.

Concepção e Direção:

Ilana Elkis

Bailarinas-performers:

Gabi Rios, Mari Taques, Michelle Farias e Luma Preto.

Trilha: Naty Nery

Duração: 30 minutos

Fotos: Ian Maenfeld

Cenografia: Biopics

e Barão di Sarno

Produção: Ilana Elkis

Agradecimento:

Letícia Sekito, Marina Matheus, Valéria Ribeiro, Lana Moraes e o projeto Transversalidades Poéticas (2020).