O princípio motivador para este solo, que será apresentado no Centro da Terra, é a ancestralidade e os meios de existir do corpo feminino periférico, por isso convoco todas as que vieram antes de mim, abrindo pequenas fagulhas no tempo, um jeito de registrar e resgatar corporalmente memórias, as com nome e as omitidas. Experimentar o lugar e desenhar nele uma nova rota, trajetória possível de ser e estar no mundo. 

Ester Lopes é Artista da Dança, pesquisadora com foco nas relações de corpo, gênero, raça e classe, instrutora do método Pilates, arte educadora. Pós-graduada em Teatro Contemporâneo – Processos Criativos (FAINC) e Dança e Consciência Corporal (USCS). Seu processo é multidisciplinar, transita entre as linguagens da arte, ama os cantos populares e adora dançar de pés no chão.

Fala e ouve sobre planetas, constelações, plantas e pedras com a curiosidade de uma criança e não cansa de ouvir histórias sobre seus avós. Gosta particularmente de doce de leite e entende que a sua dança é sobre experiências de muitas outras vidas que também foram adoçadas por essa doçura.

Realizou cursos, projetos e residências ao longo da sua trajetória. Atuou e estudou com diversos artistas e pesquisadores entre eles: Silvana de Jesus, Luciane Ramos Silva, Antonio Pulquério, Flaira Ferro, Luciano de Jesus, Mestra Rosemaria de Souza, Mika Rodrigues. Em 2020 em parceria com a artista Mariama Camara desenvolveu a composição coreográfica para o vídeo “Raízes Profundas '' com a OCAM e Orquestra Mundana Refugi - Curador Anderson Penha e com os maestros Gil Jardim e Carlinhos Antunes. Atualmente é artista pesquisadora no Coletivo Desterro e performer com Rádio Diáspora.

Criação/Interpretação e Coreografia: Ester Lopes  

Música e composição de trilha sonora: Rogerio Martins, Rodrigo Hara e Esdras Oliveira

Montagem e operação de luz: Jhulyane Souza

Figurinos e adereços: Todes

Produção: Priscila Parajara