Eu canto baixinho porque cantar é um segredo que eu tenho comigo: a má-hora é quando eu escorro e o tempo escorre até que tudo vire outra coisa, e é nessa encruzilhada, da introspecção com a iminência de algo imenso e terrível, que eu canto pra mim. 

O palco não é minha casa, o palco é tão estranho e hostil quanto a madrugada insone; mas é pra descobrir um pouco do que cabe num segredo que eu vou trazê-lo pra um buraco bem fundo, onde quem sabe eu possa cochichar alguma coisa no seu ouvido.

Manda Conti é uma artista multidisciplinar que atua entre os campos da música, dos quadrinhos e de práticas manuais como o bordado. Seus trabalhos e composições são marcados por um tom introspectivo e por uma sensação de estranhamento, que se manifestam na investigação de temas como a dissociação, o tempo, o amor e a subjetividade. Musicalmente, suas influências vão do movimento brasileiro do Clube da Esquina ao folk-pop de compositoras como Suzanne Vega, além de nomes da música eletrônica experimental como Mort Garson e Toby Fox.

Manda Conti – voz, violão 

Luis Cunha – violão 

Batata Boy – teclados

José Pedro – piano, violão

Helena Cruz – baixo